Assessoria de imprensa: a quase centenária que se redescobre atualmente

por Roberto Márcio

Sobrevivência depende de aliar as necessidades profissionais e da empresa no mundo digital

O mercado da comunicação cresce na mesma proporção de que a introdução de novas tecnologias são implementadas no mundo todo. Turbinado pela pandemia, o mundo digital avança a passos largos e o processo de consolidação hoje depende dos meios de divulgação? Nem tanto. Parcerias como as de companhias de inteligência de mercado podem ajudar a impulsionar os negócios. 

Assessoria de Imprensa: O que é e Porque Você já Deveria ter uma

A assessoria de imprensa é um bom exemplo de que precisa se reinventar na corrida pelo sucesso do seu cliente, que já não se satisfaz mais com os pródigos releases a poucos anos de completar 100 anos no mercado.

Sim, um jornalista americano foi contratado para lidar com a repercussão negativa de um acidente da Pennsylvania Railroad em 1906. A empresa, pertencente a família Rothschild, contratou Ivy Lee para fazer a gestão de crise em New Jersey, no qual morreram 53 pessoas. 

De lá até bem pouco tempo, a assessoria de imprensa avançou no mundo inteiro, desempenhou um papel relevante na divulgação de marcas importantes. Atualmente, se exige bem mais do que a produção de matérias institucionais, isto se abordarmos as pequenas e médias empresas de comunicação.

Vejamos, então, de forma realista como era a principal atuação de uma assessoria de imprensa. O contratante pedia basicamente para fazer, em jargões do futebol, o chamado “meio campo” entre a empresa e os jornalistas, produzir conteúdos e formar um clipping com todas as notícias publicadas nos veículos, entre outras coisas.  

Até então, a mídia impressa, por exemplo, era bem forte e vendia jornal como água. 

Porém, trazendo para os dias atuais, o assessor – ou como queiram o “eugências” (frase dita por Almir Rizatto), fazem esse mesmo tipo de papel. E mais: ainda fazem a medição da reportagem publicada e calculava esse espaço em reais, caso publicasse um anúncio naquele local. Só que a demanda de quem o contrata engrossou a lista de tarefas.

Em tempos de Google Analytics e mensurações por clique, o contratante descobriu que deseja vender bem mais o seu produto. Muito mais. Estar na mídia traz resultados práticos e consequentemente lucros no mundo digital. O E-Commerce está aí para não deixar mentir. Cada vez mais, os negócios fluindo pela rede chegam a níveis altos, sobretudo neste período de isolamento social. Há quem lucre com um belo resultado efetivo de venda, segundo o site da Nielsen (ver gráficos). 

Se estou sendo muito duro, vão aí uns dados que reforçam a disposição do 

empresariado de ampliar sua imagem para vender mais. O Brasil começou o ano muito bem no que se refere à abertura de empresas, com um aumento de 9,4% no primeiro trimestre de 2020 comparado ao primeiro trimestre de 2019, com 876 mil empresas abertas no total, 75 mil a mais que no ano anterior. 

Segundo o Ipea a partir de março, com a pandemia da Covid-19, tivemos uma queda brusca de 28% frente ao período que o antecedeu e estima-se que cerca de 80 mil empresas deixaram de abrir por conta da crise. As empresas MEI reduziram em 21%, e não-MEI, 60%. Portanto, no gráfico mostra que havia um crescimento econômico antes da propagação da doença. Ou seja, a comunicação necessita agora, mais do que nunca, se reinventar para atender a um mercado cada vez mais exigente. 

Para auxiliar o trabalho da comunicação, a assessoria de imprensa hoje conta com os serviços de inteligência corporativa, que pode ser muito útil à medida que oferece um trabalho que é possível antecipar fatos e tendências. Além de assistir a assessoria, é um instrumento primordial para ajudar na gestão de empresas, sobretudo em tempos de crise provocada pelo Covid-19. 

Num mundo onde a velocidade é cada vez maior, a inteligência de mercado contribui com a diversificação da metodologia de atuação, unindo comunicação e negócios em um casamento próspero e duradouro. 

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